Certa feita um transeunte me perguntara por que eu lá chorava por caminhos desconhecidos, ele só dizia nada, de tanto falar a palavra cantada eu já me continha em um riso. Prosseguindo o proseio que de antemão começara “arresorvi botá” em prosa as coisa que eu imaginara e disse pro moço campeiro, de chapéu engraçado que sentado ao meu lado escutou tudo e inteiro (ligeira homenagem a Rolando Boldrin):
É que o mundo me condena por abrir demais os braços
É que a vida me condena por segurar bem firme os laços
É que o artista me condena por continuar pintando os traços
É que o andarilho cisma saber como andar meus próprios passos
Sou gigante de lugar nenhum, prisma de alma comum
Sou anão de terra distinta, ingênuo para que não minta
Sou peixe fora d'água na nação de minha mágoa
E fruto proibido no deleite dos sem abrigo
Que na chuva comumente se molha e se resfria
Mas eu não me resfrio mais pois já não vivo outra vida
Já fui mártir, defensor, artista morto, e repensado
Já fui inteligente, sábio, bobo, e ainda sou de tudo um bocado
Sou mais mineiro,
Mais matreiro,
Mais balero
E sendo assim bem constante
Podes saber o que vou fazer a seguir
Mas ainda não sabe de mim o bastante...
Por isto adejo... Em mim remido e forte,
E num sorriso permaneço, nesse meu semblante... a sorte.
(e num passo rebuçado foi o violeiro embora, chorando sua mágoa e a lágrima na viola)
Taciano...
Este Perpétua...
Um comentário:
Lágrima na viola.. oh, somos todos eternos =) E estou ruim para comentário no momento... mas.. ROSA =*******
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