segunda-feira, 27 de abril de 2009

PENSAMENTOS PARA A SEMANA



PENSAMENTO DA SEMANA

"A verdadeira mente pode resistir a todas as mentiras e ilusões sem se perder. O verdadeiro coração pode tocar o veneno do ódio sem ser prejudicado desde o início dos tempos, a escuridão prospera no vazio, mas sempre se renderam para a luz purificadora."

RETIRANDO DÚVIDAS


Mt 7.1-5, que diz: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão."

CONCLUSÃO

Tudo o que pensamos depende do que vemos, e da interpretação que conseguimos tirar disso, necessariamente nossa interpretação pode diferir da realidade proposta por quem escreve... então me digam mortais, oque vocês veem??

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Evolução X Mudança



Eu sei de mim que mudar nem sempre é algo de bom, mudar implica em acréscimo de algo ou perda de algo, que talvez não venha sinceramente a somar e tornar melhor. Evoluir é algo bom, pois sempre que se evolui é intencionada a melhoria e geralmente é isso que ocorre... Bem, eu sei de onde vem minha filosofia, é algo natural, eu somo tudo que me rodeia, eu observo, eu analiso, eu constato, esse é o mal da lógica, me torna mais ativo sobre certos aspectos, mas infelizmente me torna meio incompreensível para determinados olhos. Existem os que me criticam pelo modo como penso (não entendem), mas são poucos, sei que no final o modo que ajo e penso vai fazer a diferença e mostrar o caminho, só sinto por aqueles que caíram nos buracos que eu mostrei antes que caíssem.

Logo, eu nunca vou mudar, nem um milímetro de mim, quando olhar nos meus olhos vai perceber que eu só sei evoluir, e se algum dia, por acaso eu parecer mudado, engano seu, não é mera mudança, foi uma evolução em mim.

Não gosto de futilidade,
Não gosto de falsidade,
Luto até o fim por acreditar no amor, por isso penso que não sou humano...

Carpe diem

Evolução
s. f.
1. Movimento de tropas, de navios, etc. (para mudarem de formatura ou de direcção).
2. Nova fase em que entra uma idéia, um sistema, uma ciência, etc.
3. Desenvolvimento ou transformação gradual e progressiva (operada nas ideias, etc.).
4. Movimento (em exercício ginástico).
5. Crescimento; desenvolvimento; aperfeiçoamento; exercício.


"The Tiger"

Tigre, Tigre! Brilho brasa
que a furna noturna abrasa
que olho ou mão araria
tua feroz simetria?

Em que céu se foi forjar
o fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chama?
Que mão colheu esta flama?

Que força fez retorcer
em nervos todo teu ser?
E o som do teu coração
de aço, que cor, que ação?

Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo, que fornalha o moldou?
Que mão, que garra seu terror mortal amarra?

Quando as lanças das estrelas cortaram os céus,
ao vê-las, quem as fez sorriu talvez?
Quem fez o cordeiro te fez?

Tigre, Tigre! Brilho brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão araria
tua feroz simetria?

William Blake (trad. Augusto de Campos)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Zona Autônoma Temporária

" Gatos esperando para serem atendidos na FAFICH"

As pessoas procuram algo específico, rezam por algo específico, reclamam que não tem esse algo específico, choram por não ter, desistem de todo o resto por acreditar que não existe mais aquilo que esperam por nunca terem conhecido isso antes, por achar que às vezes é conto de fadas, e passam a vida se iludindo de um tanto de coisas. Não compreendo então quando finalmente conseguem aquilo que tantos lutam para conseguir, que muitos acreditam não mais existir simplesmente jogam fora e continuam a reclamar que não tem aquilo que querem, e sabem que está lá, a fórmula que completa o ser, que sempre procuraram, mas olham o recipiente e dizem não ser o recipiente adequado, que gostaria da fórmula em uma taça mais grandiosa. Eu não entendo a hipocrisia desses existires pseudistas, pois para mim eles buscam algo que preferem desprezar, por medo de se prenderem a aquilo e algo miraculoso acontecer no futuro e perderem, não importa o que fazem, se verão presos a tolices e acordaram querendo aquela fórmula, naquele recipiente não tão grandioso, pois creio que é preferível, para eles, cair no buraco e reclamar dos machucados do que sair dele e se ver agradecidos a Deus, muitos negam Deus para não ter que agradecer... Não há mérito nisso, não há méritos em hipocrisia. Ao nos livrarmos das amarras do ego é que nos permitimos evoluir de verdade.

“Errar é humano, persistir no erro é burrice. Aprender com os próprios erros é esperteza, aprender com os erros alheios é sabedoria”. Não existe pessoas inferiores ou superiores aqui, existem aqueles que tem preguiça ou não de pensar no melhor e evoluir.
"Ser que vive desde bem antes.
Feito de pedaços remendados,
e no seu peito arfante,
bate relutante,
um coração petrificado..."
Taciano Júnio

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O Poeta...






Quando começamos a compreender? Quando entendemos que há algo maior que devamos fazer? Nós, humanos, nos prendemos a sentimentos mesquinhos e nos esquecemos de nossa totalidade, nos esquecemos de nosso júbilo de força: Aquilo que acreditamos dentro de nós! Tolos aqueles que acreditam em seus princípios então, pois sabemos sempre que esses se voltarão contra nós, a alma do poeta parece imortal, o calvário do poeta é caminhar dentre aqueles que não o compreendem para que ele se compadeça de si mesmo e escreva sua ruína banhada em lagrimas do corpo, pois se pudesse ele lhes mostrariam a alma despedaçada pelo fardo de carregar a sua própria vida, de compartilhar com a humanidade uma dor que todos hão de julgar bela, sorrirão e a chamarão de arte, dirão até o quão lindo é tudo isso, mas o poeta permanece incompreendido. Ele se dá ao direito de vestir uma máscara de sorrisos para aceitar ser abraçado e cumprimentado, mas ele sabe que todos os abraços e sorrisos se esvaem com a mesma facilidade que se firmam, pois ele não se sente humano, ele não julga, mas enxerga as falhas e se entristece, por não poder estar entre aqueles que compreendem um sentimento único que brota em seu peito triste, o amor verdadeiro, tolo todo poeta que nasce, pois ele é fadado ao fim, tolo todo poeta que nasce, pois com a poesia vem a sensibilidade, e mesmo que se mascare em uma personalidade forte, a cada canção vai um pedaço do seu coração, a cada rima vai uma lagrima sentida para no final restar tão somente uma casca vazia de um poeta preso a uma terra que o admira, mas não o compreende. Muitos o acharão arrogante, por se achar melhor que todos, mas ninguém nunca o perguntará se ele mesmo se acha melhor que todos, se o perguntar ele responderá: "Sou o menor dos pequeninos, o mais baixo pigmeu, o comum no singular, o ultimo dos derradeiros, viajante peregrino, o mais manso dos correios..."
Neste momento eles não entenderão e o poeta se tornará recluso em seu mundo de torpor e sofrimento como ele sempre vai acreditar, ao esperar eternamente a voz amiga de alguém que diga “eu sei o que você sente, e entendo plenamente!”, mas somos ilhas, todo ser humano espera infindavelmente como o poeta, e apenas o poeta tem a resposta, mas nenhum humano vai entender até compartilhar da alma do poeta...

“Os poetas nada são senão humanos acordados, os humanos nada são senão poetas que dormem”
Taciano Júnio




MONJA

Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.


Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.


Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...


Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...



Cruz e Sousa

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tributo...



Sabe, eu me lembro de suas palavras... sempre terminavam em um sorriso, eu lembro que me pareceu naquele lugar a única pessoa que entendeu tudo, não me disse o que eu queria ouvir, disse o que tinha que ser dito, disse que eu não precisava ser tão grande, que eu poderia amolecer, disse para eu me deixar confiar no meu companheiro. Eu sinto falta de escutar coisas como as que você dizia tão sabiamente, e era tão moça, com tanta sabedoria. Você tinha razão, aqui onde estou é lugar de um apenas, tudo que me disse era para que eu não precisasse me sentir só como me sinto... E não é só de um relacionamento, é só de ninguém mais ser nem sequer próximo de parecido, eu não sou daqui minha querida, e também não consigo ser, fui julgado, morto e sepultado quando abri meu coração, e você morreu nesse dia, como sinto sua falta, lembrar das coisas que disse não me acalenta, pois não tenho você aqui para me fazer acreditar que tudo pode ficar bem se eu relaxar... Tenho nas costas as marcas das facas e tiros, e nos olhos o peso da seriedade, nesse meu mar de insanidade você é a lembrança mais sã que tenho, um dia ainda te encontro, sei que não vai me dizer o que eu quero ouvir, mas sei que da sua boca vai sair a coisa certa, eu vou sorrir e saber que por isso não estou só, você era maior, muito maior que eu e nem sequer chegava ao meu ombro na altura. Pra você escrevi essas mal traçadas linhas, sei que talvez nunca venha a ler, mas penso que um vento perdido te leve isso um dia, onde quer que estejas...

Acorda,

Vem ver no amontoado de papel escrito,

Tem mais de mim que você um dia escreveu,

Fitou em mim tudo que foi quisto

E eu fui feito do que te pertenceu

Fui costurado por ti depois de achado

Eu ali jogado errante

E você sorridente...constante

A muito do que foi escrito aqui

Talhado na memória de sempre

Eu lhe contava uma bravata

E você sorria docemente,

Eu vivia de sonhos

E você me segurava firmemente

Eu morri de novo

E você me levou uma rosa...

Foi como sempre...

domingo, 5 de abril de 2009

O Vendedor de Palavras - Fábio Reynol



 
"Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um
 programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta
 Terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome
 de batismo, como qualquer doença grande, "indigência lexical". 
Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia fantástica.
 Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os
 camelôs. Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma
 mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia: 
- "Histriônico - apenas R$ 0,50!". 
Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta 
curiosos parasse e perguntasse. 
- O que o senhor está vendendo? 
- Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta 
centavos como diz a placa. 
- O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de 
todos. 
- O senhor sabe o significado de histriônico? 
- Não. 
- Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas
 de que elas não precisem. 
- Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário. 
- O senhor tem dicionário em casa? 
- Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um. 
- O senhor estava indo à biblioteca? 
- Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado. 
- Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a 
alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta 
centavos de real! 
- Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la? 
- Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá
 de jogá-la fora e o feijão caruncha. 
- O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras? 
- O senhor conhece Nélida Piñon? 
- Não. 
- É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com 
a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui. 
- E por que o senhor não vende livros? 
- Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, 
portanto eu as vendo no varejo. 
- E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não
enchem barriga. 
- A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se
 temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia,
 trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por
cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como
 trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. 
Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela
 carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. 
Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. 
Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário
 em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que
 para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a
 roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho. 
- O senhor não acha muita pretensão? Pegar um... 
- Jactância. 
- Pegar um livro velho... 
- Alfarrábio. 
- O senhor me interrompe! 
- Profaço. 
- Está me enrolando, não é? 
- Tergiversando. 
- Quanta lenga-lenga... 
- Ambages. 
- Ambages? 
- Pode ser também evasivas. 
- Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você! 
- Pusilânime. 
- O senhor é engraçadinho, não? 
- Finalmente chegamos: histriônico! 
- Adeus. 
- Ei! Vai embora sem pagar? 
- Tome seus cinqüenta centavos. 
- São três reais e cinqüenta. 
- Como é? 
- Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar 
para o senhor. Só histriônico estava na promoção, mas como o senhor se 
mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço. 
- Mas oito palavras seriam quatro reais, certo? 
- É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende? 
- Tem troco para cinco? "

Texto muito válido como crítica na minha humilde opinião.

Pseudismo, cardumismo são partes integrantes do privitimismo vivido atualmente. Veja, bem vindo seja ao mundo dos homens modernos primitivos.

Oque sou?

Minha foto
Sou uma sombra escondida e repousante num coração murmurante, por trás de um semblante quase elegante... Ser que vive desde bem antes, feito de pedaços remendados, e no seu peito arfante, bate relutante um coração petrificado...