Aqui presto mais palavras
De alguém que fala em mim
Com o doce fel da fala
Que roga um canto carmim
Que vislumbra mais do mundo
Que eu mesmo não sou capaz
Velho vento há muito oriundo
De um destino sagaz
Vendemos na verdade
Imagem e hipocrisia
Somos sede de ansiedade
Carma podre e afazia
Orgulhamos-nos de nossa casta
Lodosa casca de madeira
Nesse ludibriar que se arrasta
Matando a alma seresteira
Eis mais um poeta que definha
Na nódoa da essência humana
Vede mais na terra e farinha
Erguer mais uma mente insana
Tão errado caminhamos
E esse orgulho nos lateja
Vivos então perduramos
Na vítima que aqui adeja
Troféu do sofrer alheio
Carrego em divina crueldade
Brado então o peito cheio
Somente a mim a lealdade
Morre o que me defende,
E morre o que me ataca
E tudo a isso entendem
Morrem pela minha faca
Pois seu premio único no mundo
É meu orgulho imundo...
Morre o bravo
Vive o injusto...
e de tudo isso
qual lhe parece o custo??
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