Já vejo no horizonte a terra que não é minha, aqui começa minha crônica de lugares inesperados. Ele disse que cuidaria de tudo, não fico a vontade com outra pessoas cuidando da minha vida enquanto estou fora, mas como ele disse eu não posso ficar, então sigo até o outro lado, onde nada vejo e onde tudo é novo. O navio aporta calmamente e eu tenho a certeza de que não vou gostar do lugar, os nativos observam incólumes dos arredores, alvoroçados ainda tentando ocultar seus próprios movimentos dentre as folhagens “esta terra não é minha”, olho com desdém para os passantes, eles me retribuem um sorriso, “quero ir pra casa” penso eu, “quero chegar e encontrar todos sorrindo e felizes”, balbucio algo assim e me calo pelo caminho para não causar alarde, meus pensamentos são somente meus agora. Um velho sábio disse:”Que suas palavras passem por seu cérebro antes de chegar a sua língua!”
É como eu disse, realmente era um velho sábio, vou permanecer aqui por algum tempo, mas espero notícias de casa, espero saber que a guerra e a perseguição se foram para sempre e eu possa adentrar meus umbrais como aquele que fui lá...
Um comentário:
tá né
o.ô
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