Nós vencemos porque parecemos pequenos aos olhos daqueles que se julgam grandes!
quinta-feira, 13 de junho de 2013
ERVA DANINHA
E ele bebe então da taça
esta singela taça talhada
ele singra esse mar de novo
ligeiramente, ao fundo
ele escuta o grasnar de um corvo
então já sentindo os efeitos
daquilo na taça contido
ele revive o torpor de sua sina
"erva daninha"
ele sente o acelerar do coração
escuta vozes enraizadas em seu passado
se joga desnudo nos versos escritos
se rasga imundo nos mundos criados
agoniza agora, maculado, o gemido.
eis agora dito e reescrito
um bravo é um bravo enquanto o peito é rasgado
mas o ódio o domina sem pressa
mas o tempo o devora sem aviso
é de novo entregue a ira
e ele não entende, maldito, o sentido.
assim se esvai a glória
assim a ruína se avizinha
a única coisa que lhe vem a memória
é a temida leprosa palavra mal vinda
"erva daninha..."
sexta-feira, 24 de maio de 2013
CICATRIZES
Entender quando e o quanto estão
sendo hipócritas com você, entender o que é hipocrisia, eu tenho visto isso
acontecer milhares de vezes. Eu rascunho
aqui essas mal digitadas linhas, esses caracteres binários disfarçados de
imagens, pra dizer o que sente meu coração, uma pessoa que deveria ser guardiã
de algo precioso uma vez me empurrou de um penhasco alto e cheio de pedras,
dizendo que eu não era bom o bastante, dizendo que alguém de caráter duvidoso,
e comprovadamente mal era melhor do que eu, e tempos depois reaparece dizendo
que eu não sei o quanto eu era ou sou importante para ela, bem, veja, percebi
minha importância quando um ser de caráter ruim foi colocado em lugar mais
importante, e novamente quando pedi que me encontrasse, depois de muito tempo,
a pessoa disse que existiam coisas que lhe eram caras e não poderia por a
perder, isso retrata a real importância que eu tive e tinha, eu não sei o que eu era, não sei o que
sinceramente me fez permanecer do lado dessa pessoa... Bem eu sei, é o tal
amor, mas o amor que eu idealizo é um amor que não permitiria que tudo isso
acontecesse, é o amor que perdoa. Eu disse adeus a essa pessoa, pois não
suporto mais, hipocrisia em minha vida, existe o perdão, mas eu perdoei o tanto
que meu coração permitia. A pior coisa que essa pessoa me disse foi que eu
mereço ser feliz, merecer ser feliz creio que todos merecem, mas veja bem, você
amar alguém que diz adeus dizendo que você merece ser feliz, imagine só isso,
você merece ser feliz, mas eu não quero essa responsabilidade, ou eu não vou te
dar essa felicidade apesar de você merecer, encontre alguém que o faça. O amor dia
após dia é substituído pelo ódio, e cada tentativa é mais um tijolo nesse muro,
consigo ignorar as vezes, mas uma vez por mês, em alguns dias específicos,
todas as memórias voltam, ou quando você tenta ser feliz com outra pessoa e
tudo da errado, você se lembra “você merece ser feliz”, eu não mereço ser
feliz, mais do que tudo, eu mereço ser livre de tudo isso, eu mereço paz, nem
feliz, nem triste, mereço a liberdade, isso não vai acontecer até que a
hipocrisia desapareça. Não corrigi esse texto nem reli depois que escrevi,
talvez isso me faça suportar mais um dia nessa maldita terra de humanos.
Um dos maiores erros que cometi foi ser verdadeiro no amor, lutar, defender quem amo com todo meu coração até o ultimo caso, me sinto, sinceramente, como um cavaleiro das cruzadas, é uma batalha que não serviu para nada.
domingo, 12 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
Ira
Ela vem ligeira
por entre as vinhas
se esgueirando
a duras penas
sorrinho escondido
sua boca tampando
ela caminha aqui
sorrateira, libidinosa
nefando
vestida em vermelho seda
o que ela almeja?
só vai me dominando
e por mais que nao pareça
que longe ela esteja
ela está me encarnando
aos poucos silenciosa
esta maldita e desditosa
meu coração devorando...
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Então você morreu... Calou-se,
cessou o tagarelar iminente, deixou correr o fio vermelho estridente, e parou
seu coração. Lembro-me sem glória, guardo na memória, como uma ladainha de
velhas, ou como de um bardo, a canção, com o que se passou o descaso, a facada,
a inglória, apagou-se todo sorriso da memória, sobrou o gargalhar insolente.
Com todo o escarnecer da indignidade, sobrou nem sequer esperança, ou mesmo
reles saudade, do que se é, do que se tornou, o nojo e a repulsa, do que já
foi, ou o que pareceu, no coração permanece como a crença de um ateu, está lá,
mas para mim não existe mais, agourou a ultima pena, findou-se o carnaval,
fecham-se as cortinas, foi o ato final, sem choros, ou velas, a metade que
odeia nasceu para tal, sem choros, sem correntes, rangendo os dentes e restando
o mal, o abandono é resposta do abandonado a quem o abandonou, as costas são a
resposta, para as costas como pagamento, por algo tão singelo quanto o amor,
entregue de graça, foi este jogado ao vento, soprado para longe, onde o tempo
corroeu, sobrou na memória nenhum erro cometido, somente o erro que foi teu.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Livre-se do medo
Seja livre
eu não serei a corrente
seja livre
eu não serei a fechadura
eu não serei a porta
eu nem serei a chave
eu serei o caos
o que te prende vive em sua mente
não em qualquer outro lugar
o que te prende vive em seu coração
e não sou eu quem vai julgar,
o que te prende vive nos olhos de quem vê a prisão
o que te segura é só o medo em seu coração
o medo te afasta da noite
eu sou a noite
o medo te afasta da brisa
eu sou o frio no vento
o medo te afasta da verdade
onde se prefere se viver enganado e feliz,
o medo é o que te prende, o medo que você carrega.
não me culpe pelas suas limitações
o medo é seu, e o mundo é de quem não teme dar um passo adiante.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Pra Ilustrar
Eu tenho minha Pandora, senhora da minha caixa vermelha, aquela que dentro está,
eu tenho uma aurora, um tempo, uma centelha, uma vida para onde queria retornar,
Todos, determinada hora, seguraram uma caixa, essa pedra amargurada, num momento,
num momento de tempo, singela fagulha foi felicidade, mas hoje é só poeira nos braços do tempo...
Fecha, a caixa maldita, vermelha e pulsante!
Não abra mais a porta, nem se ouvirdes sussurrante,
tranca afiada, guarda, a mágoa reluzindo,
diga vos de tudo, até o amor, que seja... findo.
Se tu soubesses dos ventos que sopram, se entendesse de tudo mais que sei, se meu lugar fosse não somente meu, mas também o teu, e num suspiro relâmpago tu visses por meus olhos, saberias das lágrimas viventes, nesse peito já ausente, onde a mágoa envenena. Se chorasse esse veneno, se sacrificasses por mim, saberias enfim, tudo aquilo que eu, logo, sei... e me amarias como eu te amei.
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Oque sou?
- Taz Junes
- Sou uma sombra escondida e repousante num coração murmurante, por trás de um semblante quase elegante... Ser que vive desde bem antes, feito de pedaços remendados, e no seu peito arfante, bate relutante um coração petrificado...