Eu tenho minha Pandora, senhora da minha caixa vermelha, aquela que dentro está,
eu tenho uma aurora, um tempo, uma centelha, uma vida para onde queria retornar,
Todos, determinada hora, seguraram uma caixa, essa pedra amargurada, num momento,
num momento de tempo, singela fagulha foi felicidade, mas hoje é só poeira nos braços do tempo...
Fecha, a caixa maldita, vermelha e pulsante!
Não abra mais a porta, nem se ouvirdes sussurrante,
tranca afiada, guarda, a mágoa reluzindo,
diga vos de tudo, até o amor, que seja... findo.
Se tu soubesses dos ventos que sopram, se entendesse de tudo mais que sei, se meu lugar fosse não somente meu, mas também o teu, e num suspiro relâmpago tu visses por meus olhos, saberias das lágrimas viventes, nesse peito já ausente, onde a mágoa envenena. Se chorasse esse veneno, se sacrificasses por mim, saberias enfim, tudo aquilo que eu, logo, sei... e me amarias como eu te amei.
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