segunda-feira, 20 de junho de 2011

ENTERRADO



Quebrou o algo que faltava
quebrou o resto que ainda tinha
enquanto a tormenta se avzinha
enquanto o agouro se armava.

Os pés mouros que restaram,
quebradiços pouca coisa diziam
os olhos cansados nao viam
que só destinos mortos sonharam.

Na cova resta o corpo remido
de algo mais do que o desejado
sou eu aquele o resto isolado,
e dos antigos ouvis o gemido.

sou eu que acordo assustado
ainda preso ao mundo bendito
dou adeus ao olho tao quisto
morro frio num canto jogado.

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Oque sou?

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Sou uma sombra escondida e repousante num coração murmurante, por trás de um semblante quase elegante... Ser que vive desde bem antes, feito de pedaços remendados, e no seu peito arfante, bate relutante um coração petrificado...