terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pompa e circunstância...



Silêncio! Silêncio!
Não restaram mais lugares, nem mesmo os imaginários decentes pouparam-se.
Só restou esse circo que chamam de lembrança, e pasmem! As cantigas já desafinadas, sobre o esquife mórbido de minha amada só me levam a um augúrio de litania, a cantiga e o remedo do sentido imoto e quedo, que toco com esse violino, que plangente deixa recair nessa terra! Essa que se aduba com os sonhos de outrora, e escancara as veias do sentir, esse câncer. É assim quando se vê, é assim quando não se mascara! a verdade é como a faca afiada que suplanta o ouvinte a sua realidade indesejada, é o assalto imundo e insensível do sentir, mas é esta a verdade! É esta a monera que todos renegam, que desacatam como autoridade e deserdam como filhos, é como o abandono da esperança de um náufrago mendigo, que pobre socialmente, ainda pobre em vida, inda sim no fim pode-se abandonar roto o que se sonha, e dizer: "realidade seja então meu sonho, e assim um dia ainda há de se quebrar."

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Sou uma sombra escondida e repousante num coração murmurante, por trás de um semblante quase elegante... Ser que vive desde bem antes, feito de pedaços remendados, e no seu peito arfante, bate relutante um coração petrificado...