sábado, 18 de dezembro de 2010

Carmina Burana


Os carmina burana (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido) são textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern - a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 por São Bonifácio, nas proximidades de Bad Tölz, na Alta Baviera. O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Atualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique.

Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, teve acesso a esse códex de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em canções seculares para solistas e coro, "acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”.



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Ontem? Ontem me parece ter sido um bom dia.


"Abro a janela e eis que, em tumulto, a esvoaçar, penetra um vulto:

- é um Corvo hierático e soberbo, egresso de eras ancestrais.

como um fidalgo passa, augusto e, sem notar sequer meu susto,

adeja e pousa sobre o busto - uma escultura de Minerva,

bem sobre a porta; e se conserva ali, no busto de Minerva,

empoleirado e nada mais."


_Fim do ato #3...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bálsamo




Que remédio é a luminosa lua aos degenerados
esses, como eu, ainda presos, sempre arraigados
mas não tão pecaminosos quanto é meu próprio coração!
vivem os antigos em litanias, e nefando em suas desilusões
ainda hoje gritam desesperados: "Soltai meus grilhões!"
aos que sobrevivem, temerosas chagas os completam do nada.
que presente torto foi dado pela pessoa dita amada?

Taz Junes

"Miseribus Sanctus, Pecatoribus Ominus, Domine Deo Sabaoth!"

Oque sou?

Minha foto
Sou uma sombra escondida e repousante num coração murmurante, por trás de um semblante quase elegante... Ser que vive desde bem antes, feito de pedaços remendados, e no seu peito arfante, bate relutante um coração petrificado...